Olá Pedro, queremos antes de mais dar-te os parabéns pela grande evolução que temos visto de forma notória na tua carreira e que continuaremos certamente a acompanhar.
Olá Pedro, queremos antes de mais dar-te os parabéns pela grande evolução que temos visto de forma notória na tua carreira e que continuaremos certamente a acompanhar.
Ao início comecei por fazer uma lista de vários nomes, pedi opiniões aos amigos/familiares.
Sempre tive uma opinião formada e mais tendência em relação aos meus nomes familiares em latim ou qualquer tradução de uma outra língua fosse sonante.
Comecei como Peter Venera, que era uma junção do inglês Peter com o Venera (supostamente Vieira) em italiano.
Depois de algum tempo a utilizar este nome cheguei à conclusão que Venera não tinha o impacto nem era adequado ao meu estilo musical, então juntei o Ven + dark e assim ficou até decidir ficar só VENDARK, um único nome, tem ali uma raiz a um dos meus apelidos e decididamente com aquela ligação DARK ao meu estilo musical que achei que seria o indicado para a minha carreira musical.
Esta paixão começou desde muito pequeno, pois já cresci num ambiente não só de música
electrónica, mas da música no geral. Tenho um tio que na altura era e é baterista, e ao frequentar alguns dos concertos dele surgiu o interesse de eu tentar reproduzir as minhas próprias batidas.
Desde aí comecei a aprender com ele a tocar bateria durante alguns anos, mas não era bem aquilo que eu pretendia, porque queria fazer bem mais do que aquilo.
Com a influência musical de um outro tio meu que na altura já ouvia Q-dance, comecei a
questionar-me como é que aquele estilo de música era feito, visto que em termos de sonoridade não tinha a haver com a bateria ou guitarra. Desde então comecei a pesquisar como era feito e então descobri um programa de produção de nome EJAY, que me foi dado na altura pelo namorado da minha mãe. Desde aí comecei a explorar esse mesmo até ao ponto de começar a fazer coisas que já não eram suportadas por este, até que descobri o FL STUDIO e a partir daí foi uma bola de neve até aos dias de hoje.
Como qualquer DJ / Produtor as coisas ao início não são nada fáceis, pois todos temos o objetivo de nos querer sobressair com o nosso trabalho e estilo musical. Sempre foi uma luta desde o início, pois a escola ocupava a maior parte do tempo, e então tive de conseguir conciliar as duas partes, até chegar à altura da minha vida que decidi aplicar-me a 100% na produção musical e djing.
Desde então comecei a enviar os meus temas para outros artistas , tanto a nível nacional como internacional, até que em 2016 consegui fazer a minha primeira colaboração com os SAVERZ.
Continuei a enviar temas, até que consegui contatar os KEVU, que são nacionais e do mesmo estilo musical que eu.
Enviei um ID do bootleg da Shape of You do Ed Sheran ao qual me disseram que queriam reunir em estúdio para finalizarmos a track e dar realize. Nessa mesma semana após termos terminado a bootleg começamos a trabalhar num outro tema chamado KARTEL, ao qual fizemos juntamente com o Robert Falcon, que a Revealed quis assinar o tema conosco.
Ao fim destes anos todos, olho para trás e consigo ver com orgulho que valeu a pena investir tudo na música, pois faço aquilo que realmente adoro!
Bem, para ser sincero são vários os momentos, mas sinceramente o momento em que consegui chegar à Revealed Recordings foi aquele que me marcou profundamente, pois chegar à editora do Hardwell era um dos meus principais focos.
Sim, sem dúvida.
Eu até o fiz recentemente com os temas “Partly Hell“ e o tema “Alô Rosário“, que ainda irá sair em breve, e acho que amostra um bocado daquilo que é sair fora da minha zona de conforto.
Sim, posso já adiantar que tenho mais um tema assinado na Revealed Recordings, e outros temas assinados noutras labels, sobre as quais não posso revelar muito mais.
Isso é uma pergunta complicada, mas posso afirmar que é um ID que tenho vindo a tocar nos
meus shows ao qual a reação do público tem sido fenomenal e mal posso esperar pelo dia em que a poderei apresentar.
Em Portugal somos sem dúvida um país de talentos e a música eletrônica está cada vez mais em evidencia nos grandes palcos.
Na minha opinião, e pelo trabalho que tenho visto a ser desenvolvido, aponto o Ben Ambergen, o Zinko, pois penso que têm potencial de fazer o caminho que fez o Kura, Kevu e Diego Miranda, e um caminho que eu estou a seguir e finalmente começa a dar frutos.
A evolução em Portugal e o apoio constante e reconhecimento à música eletrônica tem vindo nestes últimos anos a crescer muito.
Fico por exemplo extremamente contente em ver as rádios a dar apoio e reconhecimento aos nossos talentos, onde permitem e dão a conhecer o trabalho desses mesmos e que até dão oportunidade de tocar em grandes palcos onde pisam grandes nomes nacionais e internacionais.
As plataformas de informação musical estão a dar mais impulso aos novos talentos e sem dúvida isso tem sido uma enorme ajuda.
Em termos de mudança, não faria grandes alterações na estrutura, pois penso que se seguirmos este caminho vamos chegar ao pretendido e elevar o nome de Portugal.
O que posso dar de conselho para quem está a começar agora é gostarem essencialmente do que estão a fazer, a paixão pela música tem de estar sempre presente, e o foco no trabalho nunca vai ser demais, e cada qual definir o seu trajeto neste mundo da música. Não desistir do sonho e do objetivo, pois vai haver certamente muito NÃO no dia-a-dia.
Muita dedicação, pois esta é uma área onde temos de fazer sobressair o nosso talento.
Desde já quero agradecer ao Club Dj Portugal e pelo apoio que têm vindo a dar, não só a mim, mas a nível nacional, pois está a ser feito um grande trabalho, e a nós utilizadores só nos compete dar mais conteúdo e apoiar esta estrutura.